terça-feira, 30 de agosto de 2011

Análise de dois filmes


Análise dos filmes “Ó pai, ó” e “O Cortiço”

1.Após assistir aos filmes “Ó pai, ó” e “O Cortiço”, faça uma análise comparativa, procurando semelhanças entre eles, baseando-se nos aspectos do Realismo, tais como:

a) Objetivismo
b) Contemporaneidade
c) Retrato fiel das personagens
d) Gosto por detalhes específicos
e) Materialização do amor
f) Denúncia das injustiças sociais
g) Linguagem próxima à realidade

2. O ser humano é visto pelos naturalistas numa perspectiva biológica, em que se considera seu lado instintivo e animal.

a) Retire dos filmes uma cena que comprova a animalização tanto dos habitantes do Cortiço, quanto dos habitantes do Pelourinho retratada nos filmes.

b) Identifique algumas cenas que mostram o sensualismo de alguns personagens.

3. No filme Ó pai, ó, há alguma cena que exemplifica a degradação humana? Caso haja, identifique-a.

4. O Naturalismo demonstra gosto por agrupamentos coletivos sem nenhum interesse específico. Contrapondo com este comportamento, você percebeu no filme "Ó pai, ó" indivíduos com marcas próprias e com características particulares, reivindicando direitos que representam interesses comuns? Caso percebeu, exemplifique-os.

5. O fato dos moradores do cortiço viverem aglomerados, sem nenhuma privacidade e sem o mínimo de limpeza e de higiene pessoal dá margem à ploriferação de doenças epidêmicas e contagiosas. Descreva alguma(s) cena(s) que mostra esse descaso social.

6. Que tipo de linguagem é empregado nos dois filmes?

a) Destaque algumas expressões empregadas pelos personagens do filme "Ó pai, ó”.

b) Agora, destaque do filme “O cortiço”.

7. Destaque alguns aspectos do Naturalismo que podem ser encontrados no filme “Ó pai, ó” , tais como:

a) Detalhismo
b) Cientificismo
c) Racismo
d) Fanatismo religioso                                  
  

                                                                    Professora Cleide

Análise do filme "Tropa de Elite"

         
             Análise do Filme Tropa de Elite - 1ª edição

1. Que Brasil é este que aderiu de maneira radical ao longa metragem dirigido por José Padilha?

2. Que filme é este que perdeu o controle da primeira feitura, sendo pirateado ainda incompleto?

3. Que sociedade é esta que viu no capitão Nascimento um herói salvador?

Veja as opiniões das amigas Jéssica, Fátima e Geisa, moradoras da cidade de Deus, com idades entre 18 e 13 anos: “Com o filme, eu passei a admirar o Bope. Se não tem jeito prendendo, tem de matar. O Nascimento bota terror na situação. Eu sei que é cruel o que ele faz, mas o bandido não pensa duas vezes antes de atirar em você”.

4. O que você acha da opinião dessas três jovens? Justifique sua resposta.

Veja o que diz outro morador, Carlos Alberto da Silva, de 30 anos: “Eu prefiro ver os garotos vendendo droga de que ver policial entrando aqui do jeito que entra. O ruim desses filmes assim é que a gente que mora aqui fica sendo ainda mais discriminado. Parece sempre que só tem polícia e bandido”.

5. O que você entendeu a respeito da opinião de Carlos Alberto?

6. Há quem veja no capitão Nascimento um exemplo triste de nossas mazelas sociais e há quem o tome como salvador. E você, como vê o capitão Nascimento numa sociedade tão injusta e violenta quanto a nossa?

7. O filme foi chamado de fascista por justificar as ações do policial matador. Você considera o Capitão Nascimento um fascista?

8. O Padilha, diretor e cineasta do filme ficou irritado quando foi entrevista pela revista “Carta Capital” com a pergunta de que o filme é uma idealização do policial. Irritado, ele disse que o filme é feito a partir do seu ponto de vista, mas não justifica suas ações. O que você acha da justificativa de Padilha?

9. Ainda segundo Padilha, o capitão Nascimento é um PM que vai ao psiquiatra e que está com síndrome de pânico. Em sua opinião, este argumento convence o telespectador de que o filme não reflete o pensamento do diretor? Justifique sua resposta.

10. Padilha, Wagner Moura e Marcos Prado, o produtor, repetem feito mantra que o filme não reflete o pensamento deles nem sobre a polícia nem sobre a culpa dos usuários de drogas na estrutura do tráfico. Repetem eles: “O pensamento é do policial do BOPE”. Qual é a sua opinião a este respeito?

11. Padilha continua justificando-se, na defesa do filme não justificar seu pensamento pelo fato de haver conversado com vários policiais e estes mostraram o que pensam. A justificativa dele lhe convence?

12. Você não acha que um filme é também fruto da visão de um autor, que escolhe onde colocar a câmera, que recorte da realidade mostrar e até a que gênero aderir?

13. Um policial em crise precisa protagonizar um filme de ação? Justifique sua resposta.

14. Cenas de tortura explícita, como as do saco de plástico sufocando gente ajudam a explicar o modo de pensar da polícia? Justifique sua resposta.

15. Cinema é linguagem. A linguagem pertence ao diretor ou ao personagem? Justifique sua resposta.

16. Será que se trata de um problema de interpretação ou será de representação?

17. Qual a sua opinião a respeito do filme. O filme é hiperrealista ou é pura ficção? Justifique sua resposta.

18. Segundo a avaliação de Ivana Bentes, professora da Universidade do Rio de Janeiro e protagonista do debate o filme só tem clímax e acaba transformando aquele policial que, a princípio parece em crise, num RAMBO. O que você acha da opinião da professora?

19. Ainda segundo a professora em “Tropa de Elite”, o gozo com a morte é tanto do personagem quanto do filme. O espectador vira refém do discurso ultra-conservador do capitão.  Você concorda com a opinião da professora?

20. Segundo Wagner Moura, o filme é feito pelos olhos do capitão Nascimento. Se as pessoas elegeram esses olhos como salvadores não é responsabilidade nossa. Qual é a sua opinião a respeito desse argumento?

21. Segundo a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, “há pesquisas mostrando que a mídia costuma produzir filmes que estão mais de acordo com o que as pessoas pensam”. Você concorda ou discorda com a opinião da antropóloga?

22. Segundo Michel Misse, do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, “a mídia mobilizou a opinião pública para a violência”. O que você acha desse ponto de vista? Justifique sua resposta.

23. Para Misse, a percepção da violência e da impunidade tornou-se tão grande que a sensação da sociedade é de desamparo. O que você entendeu a respeito dessa opinião?

24. Ainda observa o acadêmico: “O país é tão hierárquico que as pessoas não acham que a mesma faca que querem para o outro pode se voltar contra elas próprias”. O que você entendeu a respeito dessa observação?

25. O que você sentiu quando ouviu o canto do BOPE, entoado no filme: Tropa de Elite/ Osso duro de roer/ Pega um/ Pega geral/ Também vai pegar você?

26. De acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio, para cada policial morto em serviço no Estado, no primeiro semestre de 2006, 26 civis foram assassinados por homens de farda. No mesmo período de 2007, a relação aumentou para 40. Parece que, como disse o comandante geral da PM, Coronel Ubiratan Ângelo, ao jornal o Globo, “a sociedade já decidiu que a polícia precisa ser violenta”. Após assistir ao filme, você concorda com a opinião do coronel Ubiratan? Justifique sua resposta.

27. Luiz Eduardo ao falar sobre as reações do filme citou uma pesquisa que indica que 30% dos brasileiros apóiam a tortura. Você acha esse percentual alto ou baixo? Justifique sua resposta.         


                                                  Professora cleide

Análise entre um romance e um filme



Leitura e análise comparativa entre o Filme “Dom”  e o romance “Dom Casmurro”, de Machado de Assis.

1.      Faça um pequeno resumo do filme.

2.      Você já leu o romance “Dom Casmurro”? Caso já tenha lido, percebeu alguma semelhança ou diferença entre o romance e o filme?

3.      O que você achou mais interessante no filme, ou seja, qual o fato ou cena a qual lhe chamou mais a atenção?

4.      Quais os temas mais explorados no filme?

5.      É comum na época atual num relacionamento amoroso um dos cônjuges ser dominado por uma forte crise de ciúme, como no caso do relacionamento entre Bento e Capitu?  Em que século esse tipo de comportamento era mais comum? Justifique.

6.      Alguma vez na vida, você já sentiu ciúme por alguém? Caso tenha sentido como você se comportou diante da pessoa amada?

7.      A que fase ou estilo de época pertence o filme “Dom”? Por quê?

8.      Qual a diferença entre os valores e costumes das pessoas da sociedade atual, comparando-os com os das pessoas que viveram na sociedade do século XIX?

9.      Quais são os fatores determinantes e responsáveis pelo desencadeamento da crise conjugal presente tanto na sociedade do século XIX quanto do século atual?

10.  Em qual escola de época ou literária os amantes eram dominados ou arrebatados pela emoção deixando assim de fazer uso da razão? Justifique.

11.  Como é o comportamento da juventude atual com relação ao relacionamento amoroso? O que funciona mais a razão ou a emoção? Justifique sua resposta.

12.  O que você acha do namoro nos tempos atuais com relação à moda do “ficar”? O que levou os jovens e adolescentes a adotarem este tipo de relacionamento amoroso?

13.  Analise as características do Realismo e compare-as com algumas cenas do filme “Dom”. Em seguida, responda:

a)      Em quais cenas foi possível perceber características do Realismo? Descreva-as.

b)      Quais as cenas que não estão compatíveis com a época em que foi escrito o romance? Justifique sua resposta.

14.  Você acredita que realmente Capitu traiu Bentinho? Justifique sua resposta.

15.  Por que Machado de Assis se preocupa mais com o psicológico de suas personagens, como no caso de Bentinho que ele transformou sua vida num verdadeiro inferno?

16.  Você acredita que as mulheres de Machado de Assis são realmente dissimuladas? Justifique.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Preconceito Linguístico


Videoconferência
Conferencistas: Marcos Bagno e Dante Luckesi

No dia 06 de agosto de 2011, assisti a uma videoconferência, na cidade de Alagoinhas-BA, como atividade complementar do curso “Um Gestar em cada Escola”. Esta videoconferência foi proferida por dois grandes e renomados linguistas e especialistas em educação, onde na oportunidade eles abordaram a respeito do preconceito linguístico.

Segundo Marcos Bagno, primeiro conferencista a fazer uso da palavra, para a Ciência da Linguagem não existe erro na língua. É impossível falar sem seguir regras linguísticas. Isso porque o nosso cérebro não deixa.

Ainda segundo esse especialista quando nós falamos da língua, nós não conseguimos tratá-la como ela é: um objeto científico.

Explanando a respeito das origens da noção de erro, ele explicou que a gramática tradicional é patrimônio do ocidente. Logo em seguida apresentou os detentores da “Língua Modelo”
  • Do sexo
  • Livres (não-escravos)
  • Membros da elite cultural (letrados)
  • Cidadãos (eleitores e elegíveis)
  • Membros da aristocracia
Segundo ele, a variação linguística sempre foi decidida por toda pessoa. E as exemplificações que os autores dão em suas gramáticas são completamente pessoais. Muitas palavras que Camões usou em “Os Lusíadas” são invenções dele. A língua nunca para de mudar. A língua só para de mudar se eliminar todos os falantes. E não podemos ter essa visão negativa da mudança. O que a gramática normativa diz que é regra é menos usada.  Como, por exemplo: Você viu ele?
Sim, eu o vi.       (4 vezes)
Sim, eu vi ele. (400 vezes)

É um engano, dizer que a língua boa e a língua correta é aquela falada por meia dúzia de pessoas. No Brasil nós temos uma noção de língua completamente depreciativa. Primeiro o nome da nossa língua é dos portugueses.

Nós temos que conhecer bem esse senso comum de língua, para que nós possamos explorá-la bem com os nossos alunos na escola. Esses preceitos e conceitos da gramática tradicional só começaram a ser discutidos a partir do século XIX. Por isso, essa ideia de que a língua está sendo arruinada e corrompida por aí é mentirosa.

Se nós nos reportamos às palavras que tiveram origem no latim, é possível percebermos que a língua não para de mudar, como por exemplo: tégula – telha – teia – teiado. Assim, podemos concluir que a língua é extremamente variável e essa variação está vinculada ao fator social.

As variedades que são consideradas completamente erradas são consideradas o futuro da língua.
LATIM                      PORTUGUÊS
Blandu          >             brando
Clavu            >             cravo
Flaccu           >             fraco

Em muitas palavras, o l foi transformado em r. Você transformar o l em r é rotacionismo.
Em orações da voz ativa, o uso da partícula se é considerada errônea, porque a ação praticada pelo sujeito recai sobre si mesmo. Nesta sala se abatem mil galinhas por dia. Então são galinhas suicidas.
Aluga-se salas? Correto
Alugam-se salas? Errado

Uma das tarefas importantíssimas realizadas na escola é discutir a variação social da língua. Nós temos que ter essa visão maleável da língua. O professor que fica ensinando dígrafo, encontro consonantal e muitas regras gramaticais vão colocar o aluno para fora da escola, porque ele está praticando a pressão social por meio da gramática normativa.


Na segunda parte da videoconferância foi a vez do linguista Dante Lucchesi. De acordo com esse especialista, o ensino da Língua Portuguesa se encontra numa encruzilhada. Isso porque antigamente o professor de Língua Portuguesa tinha a autoridade da língua. Ele sabia o que era certo e o que era errado.

Pessoas do senso comum são aquelas que não têm um conhecimento especializado da língua. O professor de Língua Portuguesa enfrenta um problema que é de natureza da mentalidade. As pessoas não escrevem como falam. Nem falam como escrevem. Toda língua estrutural oferece possibilidades de se escrever a mesma coisa de maneiras diferentes. As linguagens artificiais são mais econômicas e mais racionais. Exemplo: Meus colegas já chegou, em vez de: Meus colegas já chegaram.

Para se fazer uma avaliação social, depende do lugar ou da classe social em que você está. Exemplo: O melhor sistema é o escravista, desde que eu não seja escravo. A dominação hoje é muito mais pela hegemonia do convencimento. Refletir sobre a estrutura da língua é o mesmo que discutir a respeito da Física e da Química.

Falar com concordância e sem concordância são opções estruturais que a língua oferece. Não existe isso de forma correta e de forma incorreta, melhor ou pior, certo ou errado. O vocabulário da ciência é muito mais amplo do que o do senso comum.

Conclusão: O professor de Língua Portuguesa deve assumir esse papel transformador que ele tem que é de ensinar a língua como ela é. É pela escola que vamos transformar essa visão de língua da sociedade. As melhores construções gramaticais são da professora Magna Soares.

Análise das estruturas linguísticas, análise sintática ou Estrutura sintática

A função da escola é ensinar aquilo que o aluno não sabe. Não precisa ensinar o aluno dizer: “Nóis pega o peixe, porque ele já sabe. Você não pode substituir aquilo que o aluno já sabe. Você não pode substituir uma parte da cultura que ele tem por outra. Saber dominar a escrita é saber dominar as marcas de oralidade. A gente tem que cobrar o que é do conhecimento ativo e o que é do passivo.

Se o aluno está na sala de aula e pronuncia uma oração que precisa fazer a correção de estrutura lingüística, o professor tem obrigação de fazer isso. Mas se o aluno está na rua, esse não é papel do professor fazer essa correção.

Professora Cleide Oliveira




domingo, 14 de agosto de 2011

Cordel: A Educação no Brasil


Cordel: A Educação no Brasil

A educação é um desafio
De toda a sociedade
Vamos acordar minha gente
Para nossa realidade
O Brasil só vai pra frente
Com alta escolaridade.

A educação no Brasil
Tá uma grande confusão
Escolas sem professores
E também sem direção
E nessa onda o povo fica
Sem alfabetização.

O ENEM foi cancelado
Erro na digitação
Todos ficaram parados
Diante da situação
Mas quem prejudicada ficou
Foi nossa população.

Agora escute essa frase:
- Nunca desista de estudar
Sempre seja educado
Para que você possa ser respeitado
Porque sem educação
Não dá nem pra começar.

O Brasil não tem defesa
Para educação mundial
Falta verba, falta escola
Não tem outra coisa igual
E ainda falcatrua
Na educação nacional.

Veja só que decepção
Para o povo brasileiro
Não tem nem comparação
Com o povo estrangeiro
Que tem alfabetização
E trabalha o ano inteiro.

E tem mais um detalhe
Nessa minha explicação
Na hora que você votar
Preste bastante atenção
Vote no candidato
Que tenha como meta
Melhorar a educação.

Despeço-me de vocês
Com muita satisfação
Agora é a sua vez
De seguir essa lição
E mostrar para todo mundo
A velha e boa educação.


Thiago Valença, aluno da 2ª série do ensino médio 2011, turma: V4, do Colégio Estadual José Carvalho Baptista, Rio Real - BA