sábado, 30 de julho de 2011

Problemas Pedagógicos que Vivenciamos na Escola



Problemas Pedagógicos que Vivenciamos na Escola

Na escola pública enfrentamos vários problemas pedagógicos, mas para mim o mais grave de todos é a falta de apoio e de orientação pedagógica por parte da coordenação da escola. Devido a isso, me sinto sozinha e desolada e sem saber o que fazer e a quem recorrer. E o pior de tudo isso é o sentimento de culpa que me invade e me domina.
No início do ano letivo, a direção da escola nos cobra logo o Plano de Curso. Mesmo sem tempo e correndo contra o tempo, faço o dito cujo e de imediato o entrego prontinho. Para que? Par nada, porque após o recebimento, a diretora ou coordenadora da escola o engaveta sem dá nenhum subsídio e nenhuma orientação. Mas o que mais me choca e me chateia é a cobrança do plano no sentido de seguir à risca todo o conteúdo do programa, desrespeitando a realidade dos alunos. Sinto-me acuada e constrangida após chegar à sala de aula e conheço a realidade dos meus alunos. Logo percebo que não dá para ignorá-la e passar por cima dessa realidade. Sinto-me no dever de atender aos anseios e às necessidades desses alunos. Então o que faço, desconsidero grande parte do conteúdo do programa e planejo as minhas aulas de forma a atender e sanar os seus anseios e às suas necessidades.
No mundo contemporâneo e digital em que vivemos, não dá mais para ignorar a realidade dos nossos alunos, porque se agirmos dessa forma acabamos cometendo um erro muito grave, além de acabarmos aplicando uma prática pedagógica frustrada e autoritária. É a chamada de acordo com o saudoso Paulo Freire: Educação bancária.
Então, o nosso papel no espaço de sala de aula, não é de professor, mas sim, de educador e de mediador. Temos de estar o tempo todo ajudando os nossos alunos a superar os seus limites e a resolver os seus problemas. A nossa meta e o nosso objetivo é transformá-los em cidadãos conscientes, críticos e reflexivos para atuarem na sociedade contemporânea.
                                                                                                       Professora Cleide Oliveira

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A importância da participação dos pais na educação e na vida dos filhos


A importância da participação dos pais na educação e na vida dos filhos

Como professora e profissional da educação, sempre primei pela participação dos pais na vida dos filhos e, que, esta participação se estendesse à escola. A Constituição, no Artigo 205, garante que a educação é dever do Estado, da escola e da família. Sempre achei essencial e primordial a participação dos pais na educação dos filhos, porque a família é a base de tudo. Mas eles continuam negligenciando esse compromisso. Acham que a obrigação é apenas da escola. Pensam eles, não é o caso de todos os pais, que eles só tem obrigação de matricular os filhos e, que, a escola os devolva prontos. Mas não é assim que a carruagem anda. Sem a participação da família, a escola não consegue fazer muita coisa ou quase nada.
Sei que a escola tem suas falhas em não mover ações para trazer os pais à escola. Esse compromisso não depende só da família é a escola que tem que tomar iniciativa. A escola tem que tomar iniciativa, promovendo eventos para conscientizar os pais dessa participação.
Percebe-se hoje que os pais precisam assumir esse compromisso urgentemente. Não dá mais para adiar. Vivemos numa sociedade onde presenciamos diariamente a banalização do sexo e da violência. E isso tem uma influência muito negativa na educação das crianças e adolescentes. Tudo hoje é normal. É a base do “salve-se quem puder”. Sabemos que a mídia é a principal responsável por toda essa influência negativa. Um exemplo disso foi a chacina que houve na Escola Tássio da Silveira, no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril de 2011.
Tragédias como essa só aconteciam nos Estados Unidos e em países desenvolvidos. Nunca houve um caso tão bárbaro como esse aqui no Brasil. Esse é o primeiro e espero que seja último. Há um ditado muito popular que diz o seguinte: “Violência só gera violência”. Como a mídia se preocupa muito em exibir a violência em massa, o que é que acontece? Os brasileiros, entre “aspas” vão copiando. O Brasil está gerando seus psicopatas, onde pensávamos que só existiam nos Estados Unidos e em países desenvolvidos, como destaquei anteriormente.
Diante de tudo isso, os pais precisam urgentemente procurar a escola. Fazerem-na uma extensão de suas casas, participando e tomando conhecimento diariamente da educação de seus filhos.
Se a escola não tomar uma iniciativa, esta deve partir dos pais. Eles precisam se preocupar não só com o rendimento e a aprendizagem dos filhos, mas também com a segurança e com a vida.
A sociedade precisa cobrar dos governantes, mais segurança para as escolas, fazendo-os honrar o compromisso de contratar pessoas e serviços que garantam não só a segurança e integridade dos alunos, como também dos professores, direção e funcionários, para evitar que pessoas desequilibradas tenham acesso com tanta facilidade às instituições escolares e saiam atirando em todo mundo a queima roupa.
Percebemos que a escola ainda continua muito tradicional. Ainda é muito conteudística, onde deveria se preocupar mais em preparar as crianças e os adolescentes para a vida, levando em conta principalmente o emocional, o sentimento de cada discente. Em vez disso, se preocupa mais com conteúdo, sem nenhuma preocupação de está formando verdadeiros monstros ou não.
É notável e urgente a necessidade de se ministrar conteúdos ligados à necessidade do aluno, tais como: ética, comportamento, relação, valores, etc, já que convivemos no dia-a-dia uma inversão e mudança de valores, de comportamento e de costumes muito grande, onde os pais não têm mais controle sobre os filhos.
Para que essa situação mude, ou seja, revertida, é necessário que toda a sociedade se mobilize participando da educação, formação, futuro e felicidade das crianças, dos jovens e dos adolescentes. Esta é a minha opinião.

Maria Cleide Oliveira de Almeida, professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, 16/04/2011.